Queridx amigx leitor,

Você sabe quando se vive um momento mágico e percebemos que o que estamos vivendo é realmente especial?

É como se o grande relógio do mundo parasse por algumas horas para que a vida pudesse abrir as cortinas do seu pequeno palco e te permitisse viver horas de pura felicidade. Assim foi para mim a Feira do Livro de Barcelona (Parades de roses i llibres), onde estive autografando exemplares do meu livro Raji - Mi familia: Una historia de inmigración, resistencia, coraje y amor (Raji - Minha família: Uma história de imigração, resistência, coragem e amor), durante o mágico Dia de Sant Jordi 2025. 📚🌹🐾
O que este escritor pode afirmar é que, durante o evento, Barcelona fica ainda mais bonita. Já tinha estado na cidade antes, mas nunca durante as festividades de Sant Jordi, e desta vez… como escritor… foi uma experiência inesquecível, daquelas que deixam marca. Sentindo uma ansiedade boa, percebi umas gotas de suor escorrendo pelas minhas costas enquanto caminhava com minha mala cheia de livros rumo ao estande para minha tarde de autógrafos.

O que eu vi foi uma cidade respirando cultura através de suas ruas tomadas por estandes de editoras, livrarias e distribuidoras… e muitos, muitos leitores buscando a diversidade que era oferecida ali.

Depois de um dia incrível em Las Ramblas e arredores, me encontrei com meus compatriotas no bairro da Gracia, onde fiz uma apresentação com dois dos meus poemas no evento “Saint Jordi Brasileiro Literário e Musical” … que aconteceu no Centro Cultural Inusual Project. Uma noite dedicada à poesia, chorinho, samba e livros.
Depois do evento, alguns de nós (e isso inclui este escritor) terminamos a noite em um barzinho do bairro, tocando e cantando músicas brasileiras acompanhados de algumas cervejas estupidamente geladas. Que coisa linda foi tudo isso!

Em tempos de guerra, ter uma cidade repleta de livros, rosas, poesias e música, onde as pessoas respiram arte, amor e cultura… é um triunfo.

Obrigado por tudo, Barcelona! Até muito breve!

Alan Leites 🐾

Agradecimentos: Círculo Rojo Editorial, Feria de Libros y Rosa (Sant Jordi 2025) / Prefeitura de Barcelona, Apec, Flavio Carvalho, Gustavo Zysman, Victor Steiner y todas as personas que participaram do evento “Sant Jordi Brasileño Literario y Musical”.

As fronteiras (invisíveis) que vivemos por Alan Leites

Neste fim de semana, fui passear por Madrid com uma amiga que não via há alguns meses. Nossos encontros, além de uma boa conversa, costumam estar cheios de cafés, doces e, sobretudo, um pequeno confessionário analítico progressista dos nossos processos de imigração e desenvolvimento pessoal. Sim, é um tema bastante longo e intenso refletir se o caminho que estamos seguindo nos levará ao encontro dos objetivos das nossas inquietudes.

Acredito que, em momentos como este, que muitas vezes se repetem ao longo da vida, é importante olhar para dentro para encontrar respostas simples a perguntas complexas, como: Quem é você?

Lembro filosoficamente do livro "Alice no País das Maravilhas" de Lewis Carroll, quando a jovem caminha por uma floresta e encontra uma lagarta azul em cima de um cogumelo fumando narguilé, que lhe pergunta: Quem é você? E a resposta não poderia ser mais honesta e angelicalmente perturbadora: "Na verdade, eu não sei. Já mudei tantas vezes desde que acordei hoje de manhã".
Este escritor afirma que acha genial não saber quem somos em alguns momentos, ciclos, processos e transições ao longo da vida. Não devemos ter todas as respostas sempre ou reproduzir frases feitas como modus operandi apenas para seguir as (des)convenções sociais, pois em algum momento, não saber quem somos ou o que devemos fazer pode ser a primeira fronteira a cruzar no caminho de encontro consigo mesmo.

Este é um processo íntimo e pessoal maravilhoso, que seria bom vivê-lo de forma plena, sem a companhia de fantasmas do presente ou do passado que te impedem de avançar rumo ao futuro. É o que acontece com muitos de nós durante uma entrevista de emprego, quando nos perguntam sobre nossos defeitos… e respondemos, por osmose sociolaboral coachiana, algo bem clichê como: “sou muito perfeccionista”.

Isso não ajudará em nada no teu processo de desenvolvimento como ser humano; ao contrário, impedirá seu crescimento, pois nunca é socialmente permitido ser, mesmo que temporariamente, "debilitado".

Há algo de extraordinário em aceitar imperfeições e tirar proveito delas, assim como muitos fizeram ao longo da história, desde Frodo (O Senhor dos Anéis) até Lady Gaga. E está tudo bem! Isso porque a essência de cada um está preservada em algum lugar, pronta para surgir na hora certa de forma natural. O importante é lembrar que o tempo de maturidade é individual, portanto, podemos nos aproximar das artes e humanidades para entender o quadro “David com a Cabeça de Golias” do pintor italiano Caravaggio (Michelangelo Merisi), que está no Museu do Prado, em Madrid, Espanha.

Pobre Davi, tenho certeza de que, se vivesse nos dias de hoje, o que mais ouviria seria algo como "Pense fora da caixa", sem ao menos ter tido o privilégio de viver dentro de alguma por toda a vida. Me pergunto se alguns de nós somos considerados 'tardios' devido às múltiplas interseccionalidades que carregamos, as quais fazem com que o sistema, de forma natural, nos impeça de avançar na mesma velocidade que os outros. Ou seja, quanto mais distante desse "padrão" estabelecido por uma sofisticada tecnologia social de exclusão, mais sabemos que, naturalmente, nos custará mais do que a outros que ocupam o lugar da "minoria" padrão.

Antes de me despedir e começar a preparar a próxima edição desta publicação, este escritor deixa uma pergunta para você, como exercício, que deve anteceder qualquer projeto de vida: Se você quer começar algo, o que você quer com o que você quer?

Se você gosta do meu trabalho e quer me apoiar para que eu continue criando, clique no botão e deixe-me um café! Obrigado pelo seu carinho e confiança 🙂

As flores de maio

É com muita alegria que te conto que o mês de maio chegou, e com ele, além das flores brotando pelos campos e jardins de toda Espanha (enquanto no Brasil as mesmas flores possuem uma tonalidade de outono), nasceu uma colaboração muito especial entre este escritor e o restaurante Santa y Pura. Começamos nesta semana a vender lá o meu Combo Literário Solidário, que além do meu livro inclui uma caneca e uma bandana temáticas com um trecho de uma poesia de minha autoria. O mais bonito dessa colaboração é que 20% do valor arrecadado será doado ao Santuário Cães Negros.

Junto a esse movimento, soma-se a cafeteria Dolce & Vegana, onde meus produtos já estavam disponíveis, mas agora com a doação ao Santuário incluída.

Deixo aqui o cardápio que estará disponível tanto no Santa y Pura quanto no Dolce & Vegana.
Muito obrigado por tanto amor, Jaime, Raquel e Ester. 🌻🐾

Promoção válida até 31 de maio ou enquanto durarem os estoques, o que ocorrer primeiro.

Recomendações culturais

  • Os mundos de Alice. Sonhar no País das Maravilhas (Los mundos de Alicia. Soñar en el país de las maravillas)
A exposição é uma oportunidade maravilhosa para mergulhar no universo mágico e lúdico criado por Lewis Carroll há quase 160 anos. A mostra não só celebra a história de Alice e sua icônica jornada pelo País das Maravilhas, mas também convida os visitantes a refletir e explorar um diálogo entre esse mundo fantástico e a nossa realidade atual.
A exposição “Os mundos de Alice. Sonhar no País das Maravilhas” poderá ser visitada no CaixaForum Madrid de 4 de abril a 3 de agosto.
Dias de entrada gratuita:
15 de maio, San Isidro
17 de maio, Noite dos Museus, das 19h às 0h
18 de maio, Dia Internacional dos Museus
Acesso gratuito a todas as exposições para clientes do CaixaBank, Cartão Jovem Europeu ou menores de 16 anos.
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  • Huguette Caland – Uma vida em poucas linhas (Una vida en pocas líneas)
Uma vida incrível representada através de uma grande coleção de suas obras reunidas cronologicamente, com uma curadoria impecável, no Museu Reina Sofia. Vale a pena visitar a exposição "Huguette Caland - Uma vida em poucas linhas", que estará aberta até agosto de 2025.
Dias de entrada gratuita
De segunda a sábado (terça-feira fechado): das 19h às 21h.
Domingo: das 12h30 às 14h30
Feriados*: 18 e 23 de maio,
*A visita gratuita nesses dias é apenas para o público individual
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